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O Desejo do Psicanalista: A engrenagem da análise




O Desejo do Psicanalista
O Desejo do Psicanalista

O desejo do psicanalista, no cerne da prática analítica, é um conceito fundamental para o processo analítico. Ele não se resume a um simples querer, mas a uma força motriz que impulsiona o processo analítico e molda a relação entre analista e paciente. Em linhas gerais, o desejo do psicanalista é de que a análise exista, ou seja, de que o processo de investigação do inconsciente siga seu curso, revelando os conflitos e as dinâmicas psíquicas do sujeito.


A Importância do Desejo do Psicanalista

Para compreender a relevância desse desejo, é preciso entender que a psicanálise não é uma mera aplicação de técnicas, mas um encontro singular entre duas subjetividades. O analista, ao desejar a análise, cria um espaço de escuta e acolhimento que permite ao paciente se desvelar. Essa postura ativa do analista é essencial para que o processo de análise se desenvolva e para que o sujeito possa alcançar um grau de autonomia e bem-estar.


O Desejo do Analista como motor da análise


  • A criação de um espaço contentivo: O desejo do analista de que a análise exista proporciona um ambiente seguro para que o paciente possa explorar seus pensamentos e sentimentos mais profundos, sem medo de julgamento. Essa contenção emocional é fundamental para que o sujeito possa se conectar com seu inconsciente e elaborar seus conflitos.

  • A facilitação da transferência: A transferência é a projeção de sentimentos e desejos inconscientes do paciente sobre o analista. O desejo do analista de que a análise siga seu curso intensifica a transferência, pois o analista se coloca como um objeto de desejo, permitindo que o paciente vivencie e trabalhe suas dinâmicas relacionais.

  • A promoção da subjetivação: Ao desejar a análise, o psicanalista contribui para a subjetivação do analisando. Isso significa que ele ajuda o sujeito a construir um sentido para sua própria história e a se tornar mais autônomo em suas escolhas.

  • A superação da resistência: A resistência é uma força inerente ao processo analítico que busca manter o status quo (estado atual). O desejo do analista de que a análise avance atua como uma força contrária à resistência, impulsionando o sujeito a enfrentar seus conflitos e a promover mudanças em sua vida.


O Desejo do Analista e a ética psicanalítica

É importante ressaltar que o desejo do psicanalista não é um desejo qualquer, mas um desejo que se submete aos princípios éticos da psicanálise. O analista deve sempre ter em mente que seu objetivo é auxiliar o analisando a se conhecer melhor e a encontrar suas próprias respostas, sem imposições ou julgamentos.


O Desejo do Analista na prática clínica

Na prática clínica, o desejo do analista se manifesta de diversas formas. Ele pode se expressar através da escuta atenta, da interpretação dos sonhos e dos atos falhos, da criação de um setting analítico adequado e da manutenção da neutralidade analítica.


O desejo do psicanalista é um elemento muito importante de ser compreendido para o sucesso do processo analítico. Toda e qualquer situação que está além desse desejo pode demonstrar o desejo da pessoa por trás do papel de analista e isso pode se esbarrar nas Regras Básicas da Psicanálise.


Ao desejar a análise, o psicanalista cria um espaço de escuta e acolhimento que permite ao paciente se conhecer melhor e a promover mudanças em sua vida. Esse desejo, quando aliado à ética psicanalítica, contribui para a construção de uma relação analítica sólida e frutífera.



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Marcos Alexandre Simões

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